Para
enfatizar: Os textos a seguir terão o objetivo de demonstrar que a lei
já havia sido ensinada por Deus antes mesmo de terem sido dadas a Moisés
e/ou ao povo de Israel. Vejamos:
"Não matarás"
1. Gênesis 9:6 - Evidência de um dos mandamentos contidos na Lei.
"Não adulterarás"
2. Gênesis 39:6-9 - Neste
relato, vemos que José havia sido instruído por Deus de que, se
relacionar com a esposa de outrem, seria adultério. "Cometeria eu
tamanha maldade e pecaria contra Deus?"39:9
"Não furtarás"
3. Gênesis 44 -
Este capítulo relata a simulação, feita por José, de um furto. No
entanto, a informação contida no capítulo já nos é suficiente para
evidenciar que o furto era algo não aprovado por Deus e nem comum às
outras culturas.
"Não dirás falso testemunho"
4. Gênesis 4:9-12 -
Caim é reprovado por Deus pela morte de seu irmão Abel, mas não somente
isso, é reprovado porque, ao invés de arrepender-se e dizer a verdade,
mentiu, dando falso testemunho para Deus.
“O Sábado”
5. Gênesis 2:2 - Esse verso mostra que o sábado foi instituído muito antes do povo de Israel existir ou qualquer outro povo antes dele.
Receberam
o exemplo do descanso no sábado toda a criação, e consequentemente Adão
e Eva, seres até então perfeitos e sem pecado (logo, não sentiam
cansaço ou precisavam de um dia de descanso).
O
verso também evidencia que Deus não simplesmente ordenou que o sábado
fosse guardado. Ele mesmo deu o exemplo. (E obviamente, se Adão e Eva
não precisavam, muito menos Deus).
Pergunto: Uma
vez que a semana da criação foi instituída com sete dias, e tendo o
sétimo como dia de descanso (quando tudo era perfeito), se o pecado não
viesse a existir, o sábado não seria o dia de descanso eternamente? Se
sim, e outros versos referem-se ao sábado como eterno, por que deixaria
de ser?
Jacó conhecia os estatutos de Deus
5. Salmos 78:5 - Jeová já havia, antes de Moisés, ordenado estatutos chukim1 para Jacó.
O fato é que o texto evidencia que, antes do estabelecimento dos estatutos (através de Moisés), eles já haviam sido dados ao seres viventes.
Noé conhecia as leis dietéticas.
6. Gênesis 7:2 -
Antes mesmo de Moisés, Noé já havia sido instruído quanto a pureza e
impureza dos animais. Portanto, este mandamento também não foi dado a um
povo específico, mas à raça humana.
Evidência
de que, a lei, mesmo não tendo sido escrita, já existia, e foi passada
aos seres que viveram antes mesmo da existência do povo de Israel.
Abraão obedeceu às leis, mandamentos, estatutos e a lei.
7. Gênesis 26:5/18:19/17:7 - Abraão obedeceu e guardou "meus preceitos 2, mandamentos3, decretos1, lei4."
1. Original hebraico, chukim. Tem
a ver com ordenanças expressas por Deus, que contudo não redundam em
pena capital em caso de transgressão, ou seja, que tem mais a ver com a
ordem de convivência do dia a dia, exemplo: Não ajuntar lã e linho,
enterrar as fezes, não cozinhar a carne no leite da mãe.
2. Original hebraico, mishmereth. Leis de reparação para com o próximo, também passíveis de penas capitais. Exemplo: Leis de indenização.
3. Do hebraico, mitzvah.
Podem causar morte espiritual e são passíveis de pena capital.
Princípios éticos e morais que demonstram fundamentalmente o certo e o
errado. Exemplo: Matar, adulterar, idolatrar.
4. Do original hebraico, torah. A totalidade da Lei.
Porque a Lei então foi dada para o povo de Israel?
O
objetivo de Deus era que através do povo de Israel os outros povos e
nações conhecessem a Ele (Deus) e seguissem o exemplo do seu povo
escolhido. Israel seria em parâmetro para todos os outros povos.
“Porque
tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu,
para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a
terra” (Dt 7.6).
Por
consequência, o Israel do Antigo Testamento era a única nação cuja
legislação, jurisdição e jurisprudência tinham sua origem na pessoa do
Deus vivo.
Há
evidências de momentos em que essa “tática” deu certo. Quando o povo de
Israel seguia as leis e ordenanças de Deus, eles eram abençoados
grandemente a ponto de sua fama e influência ser reconhecida entre
outros povos. Por exemplo:
Raabe: Uma meretriz que vivia na cidade ímpia de Jericó, declarou
“Bem
sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu
sobre nós, e que todos os moradores da terra estão desmaiados. Porque
temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar Vermelho diante de vós,
quando saíeis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos
amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes” (Js 2.9-11).
A rainha de Sabá: visitou o rei Salomão, exclamou admirada:
“(...)
Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar
no seu trono como rei para o Senhor, teu Deus; porque o teu Deus ama a
Israel para o estabelecer para sempre; por isso, te constituiu rei sobre
ele, para executares juízo e justiça” (2 Cr 9.5-8).
O
nome de Deus era conhecido muito além das fronteiras de Israel. As
nações reconheciam que Israel era singular, admiravam seu maravilhoso
Templo e vinham para louvar seu Deus. Assim era respondida a oração que
Salomão fizera por ocasião da inauguração do Templo:
“Também
ao estrangeiro, que não for do teu povo de Israel, porém vier de terras
remotas, por amor do teu nome (porque ouvirão do teu grande nome, e da
tua mão poderosa, e do teu braço estendido), e orar, voltado para esta
casa, ouve tu nos céus, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim
de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como
o teu povo de Israel e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é
chamada pelo teu nome” (1 Rs 8.41-43).
“Assim diz o Senhor: (...) Bem-aventurado o homem que faz isto, e o filho do homem que nisto se firma, que se guarda de profanar o sábado e guarda a sua mão de cometer algum mal. Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao Senhor, dizendo: O Senhor, com efeito, me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor: Aos eunucos que guardam os meus sábados, escolhem aquilo que me agrada e abraçam a minha aliança, (...) um nome eterno darei a cada um deles(...). Aos estrangeiros que se chegam ao Senhor, para o servirem e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; (...) porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos. Assim diz o Senhor Deus, que congrega os dispersos de Israel: Ainda congregarei outros aos que já se acham reunidos.” Isaías 56:1-8
As
palavras registradas pelo profeta Isaías apenas corroboram o
ensinamento bíblico de que a Lei fora dada a Israel não para que fosse
cumprida somente por ele, mas para que “eunucos, estrangeiros, os outros
e os dispersos” fossem ensinados e alcançados através do exemplo de
Israel.
Para pensar: Você entregaria um documento que ditaria o futuro dos seus filhos na mão de um desconhecido ou de alguém que não gosta de você?
Deus
escolheu o povo de Israel, pois era este o povo que o conhecia e o
temia. Ele entregou nas mãos de Israel as suas leis escritas para que
este povo, que conhecia e temia a Ele, guardasse as suas instruções e
fosse o agente transmissor das verdades que levariam o mundo a um estilo
de vida mais feliz e em acordo com a Sua vontade. Todavia, apesar de
conhecer ao Eterno, o povo não havia deixado de ser pecador e, por conta
disso, acabou não cumprindo plenamente a missão deixada por Deus.
Para pensar de novo kkk🤣: 1 João 3:4 nos diz que “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei. “ E em Romanos 4:15 lemos que “Porque a Lei produz a ira; mas onde não há Lei também não pode haver transgressão."
Se
a lei foi dada apenas para o povo de Israel significa que as demais
nações (e também as pessoas que viveram antes da lei ser dada) não
viviam em pecado, pois não havia lei que as condenasse.
“Onde não há revelação divina, o povo se desvia; mas como é feliz quem obedece à lei!”
Provérbios 29:18
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