Toda mulher, porém, que ora, ou profetiza, com a cabeça sem véu, desonra a sua própria cabeça, porque é como se a tivesse rapada. 1 Cor. 11:5
Para melhor compreensão deste verso, todo
o contexto ou I Cor. 11:2 a 16 deve ser lido atentamente. Corinto era
uma cidade famosa pela cultura e licenciosidade. Situava-se no estreito
que ligava o Peloponeso ao continente, sendo a rota principal na ligação
do Oriente com o Ocidente.
Tornou-se
famosa por sua maldade e corrupção moral. “Viver à coríntia” ou
“corintizar” significava nos dias de Paulo viver em luxúria e
licenciosidade.
Paulo ali esteve 18 meses pregando e
estabelecendo uma igreja. Ao sair, deixou uma florescente igreja, mas
que em breve começou a enfrentar sérios problemas. Visando solucionar
dificuldades existentes na igreja, escreveu ele, em 57, esta carta.
Dentre os problemas chegados ao seu conhecimento, um deles era o uso do
véu pelas mulheres.
Naquele tempo as mulheres deviam usar o véu e trazer os cabelos longos pelo seguinte:
a) O véu era um sinal de segurança para a mulher.
b) Uma respeitável mulher oriental jamais aparecia em público sem o véu.
c) Nas terras orientais o véu era sinal de honra e dignidade da mulher.
d) A mulher desonrava a
si e ao marido se não usasse o véu (v. 11). Não usavam o véu as
prostitutas, as que estavam de luto e as esposas infiéis. O véu era
retirado das mulheres indignas e seu cabelo cortado rente como indício
de seu opróbrio.
e) O uso do véu era um sinal de que a mulher estava subordinada ao homem.
f) As mulheres estavam
tirando o véu na igreja e fora dela como símbolo da emancipação
feminina.
A não aceitação do marido como chefe seria uma inversão do
princípio estabelecido por Deus.
Diante do exposto, Paulo nos versos 5, 6,
9, 10, 12, 13, 15 deu instruções para que as mulheres usassem o véu ao
orarem ou profetizarem.
Russell Norman Champlin escreveu entre outras coisas o seguinte sobre I Cor. 11:5:
“Esta passagem ilustra o perene problema
da relação que há entre os costumes sociais e a moralidade cristã. Paulo
escreveu aqui do ponto de vista de um rabino, como representante da
antiga cultura judaica. Porventura tais costumes continuariam sendo
obrigatórios para nós, hoje em dia, quando as coisas são tão
radicalmente diferentes, em aspectos como o vestuário, e sobretudo no
que tange à nossa idéia acerca da posição da mulher? Este comentador
acredita que visto que os costumes sociais mudaram, as exigências deste
texto também mudaram … Acredito que se Paulo tivesse em nossos próprios
dias, onde a sociedade não atribui qualquer estigma à ausência do uso do
véu pelas mulheres, a questão nem ao menos teria sido abordada”. – O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, IV vol., pág. 171.
Hoje não existe nenhuma exigência do uso do véu para as mulheres, porque mudando os costumes, mudam também as exigências.
Sobre o ter a cabeça coberta ou descoberta, comenta Clarke:
“O homem trazia a cabeça descoberta
porque era representante de Cristo; a mulher trazia a dela coberta,
porque ela era por Ordem de Deus colocada num estado de submissão ao
homem, e porque era costume, tanto entre os gregos como entre os
romanos, sendo entre os judeus uma lei expressa, que nenhuma mulher
fosse vista fora de casa sem véu. Isto era, e é, costume comum em todo o
Oriente, e ninguém senão as prostitutas públicas andam sem véu. E se
uma mulher aparecesse em público sem véu, ela desonraria sua própria
cabeça – seu marido. E ela se pareceria aquelas mulheres que tinham o
cabelo rapado como punição de prostituição ou adultério.
“Informa-nos Tácito que, considerando a
grandeza da população, os adultérios eram muito raros entre os germanos;
e quando uma mulher era achada culpada, puniam-na do modo seguinte:
‘tendo-lhe cortado o cabelo, e despindo-a na presença de seus parentes, o
marido despedia-a portas fora’. E sabemos que da mulher suspeita de
adultério era, pela lei de Moisés, tirado o véu da cabeça. (Núm. 5:18)
As mulheres reduzidas a um estado de servidão, ou escravidão, tinham o
cabelo cortado: é o que aprendemos de Aquiles Tatius. Diz Clitofon,
acerca de Leucipe, que foi reduzida ao estado de escrava: ‘Ela foi
vendida como escrava, cavou a terra e sendo-lhe cortado rente o cabelo,
foi a cabeça, privada de seu ornamento’. Era também costume dos gregos
cortarem o cabelo como sinal de luto. Admeto, ordenando um luto geral
por morte de sua esposa Alceste, diz: ‘Ordeno um luto geral por esta
mulher! Corte-se rente o cabelo e ponham-se vestes negras’. Parece-nos
que o apóstolo tinha especialmente em vista é a propriedade e decência
de conduta. Como mesmo em nossos dias, uma mulher que se vista de modo
impróprio ou fantasioso, é considerada uma desonra para o marido, porque
se torna suspeita de não ser muito sã na moral, assim naqueles tempos
antigos a mulher que aparecesse sem véu seria olhada à mesma luz.
“V. 6. Portanto, se a mulher não se cobre.
Se ela não quiser usar véu nas reuniões públicas, tosquie-se também –
leve consigo um sinal público de infâmia: mas se para a mulher é coisa
indecente tosquiar-se ou rapar o cabelo que ponha o véu. Mesmo como
motivo de luto, era considerado desonroso ser obrigado a tosquiar o
cabelo; e para não perder esse ornamento da cabeça, as mulheres
procuravam fugir ao costume, cortando apenas as extremidades do cabelo.
Eurípedes, falando de Helena, que devia rapar a cabeça por motivo da
morte de sua irmã Clitemnestra, diz: ‘vejam como ela corta apenas as
pontinhas do cabelo, a fim de preservar sua beleza, e é exatamente a
mesma mulher que dantes’.” – Comentário de Adão Clarke, vol. VI, pág.
225.
Texto de Autoria de Pedro Apolinário extraído da Apostila Leia e Compreenda Melhor a Bíblia.
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